domingo, 31 de agosto de 2014

O amor «fora de horas»




«Fora de horas» é uma expressão que pretendo que seja entendida como momentos extra-temporais e extra-espaciais, ou seja, que ficam para além do nosso tempo e do nosso espaço. Uma oportunidade de podermos sair do «cubículo» onde tendencialmente nos encontramos.  

Tic-tac… Toca o relógio. Está na hora de sair. Espera aí! Vem aí o amor! Tic-Tac… A livre expressão do amor é um princípio estruturante que deve estar presente em todas as relações amorosas. A liberdade que damos ao amor são asas que o elevam para a grandiosidade das almas apaixonadas. Só assim conseguiremos o amor «fora de horas». Se estivermos presos aos moldes que nos impõe, estamos a prender o amor, limitando-o a um espaço e a um tempo muito reduzido. Tic-tac… Toca o relógio. Está na hora de sair. Espera aí! Vem aí o amor! Tic-Tac… Quando nos sentirmos confortáveis com esta forma de estar podemos incentivar-nos a amar para além do círculo fechado constituído pelas pessoas que selecionamos. Desta forma, podemos estar mais motivados para defender as causas da nossa comunidade e da sociedade global. Assim também estamos a amar «fora de horas», pois quebramos os limites sociais. Tic-tac… Toca o relógio. Está na hora de sair. Espera aí! Vem aí o amor! Tic-Tac… Com o enraizamento desta liberdade expressiva do amor, sentir-nos-emos seguros e confiantes para criar modelos de sociedade mais condizentes com as reais necessidades de cada um de nós, mais próximos da justiça e da dignificação de cada um dos seres humanos. É um novo processo que nos conduzirá a um maior equilíbrio entre as potencialidades e as oportunidades para se viver com qualidade de vida. É um amar «fora de horas» que pensa nas gerações que se seguirão. Tic-tac… Toca o relógio. Está na hora de sair. Espera aí! Vem aí o amor! Tic-Tac… Depois há que zelar pela manutenção (não conformista) através de práticas incentivadoras à reflexão contínua e ações que continuem a respeitar as necessidades reais das populações que vão mudando ao longo dos tempos. Aliás, não só destas últimas mas também de quem coabita com elas, como por exemplo os animais e todas as formas da natureza.

Nota: Esta breve deambulação teórica faz-me recordar as seguintes palavras: «O paraíso está cá em baixo. Saibamos nós andar de consciência tranquila. Olhar pelas pessoas, animais e natureza.». Estas palavras não são minhas. Ofereceram-mas e eu aceitei-as. São de um «homem da rua», de quem me esqueci de perguntar o nome, tal foi a envolvente conversa (de apenas alguns minutos). Caro senhor, se está ler estas palavras, peço desculpa ter-me esquecido de uma pergunta tão básica e educada, perguntar o seu nome, mas não me esqueço de lhe dizer «obrigado» por esse momento. Obrigado.


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